– Após a queimadura o tratamento visa aliviar os efeitos locais do veneno, com o intuito de evitar novas descargas de cnidocistos e controlar reações como choque anafilático. Nos casos mais graves, procura-se a estabilização e a manutenção das funções vitais;
– Apesar de haver diferenças entre as espécies, há consenso sobre os analgésicos orais e tópicos, uso de água quente ou compressa de gelo para aliviar a dor, além de passar vinagre de uso doméstico na zona afetada para evitar que outros cnidocistos dos tentáculos das caravelas-portuguesas, que porventura tenham ficado presos na pele, continuem a descarregar as suas toxinas;
– Nunca passar álcool ou água doce sobre a pele, assim como pressionar com compressa, pois isso aumenta a descarga dos cnidocistos que ainda não deram sinal. A área do contato deve ser lavada apenas com água do mar ou vinagre;
– A caravela-portuguesa ou água viva, mesmo quando é encontrada na areia, continua a ser capaz de gerar queimaduras;
– Entre os sintomas da queimadura estão: dor instantânea, edema intradérmico nas áreas que têm contato com os tentáculos. Algumas lesões podem evoluir para necrose em 24 horas, com consequentes cicatrizes. Há ainda os sintomas sistémicos, que são geralmente gastrointestinais (como dor abdominal, náuseas e vômitos) e/ou os musculares (espasmos e dor). O envenenamento pode gerar ainda dor de cabeça, sonolência, desmaio e perturbações cardiorespiratórias;
– O tratamento mais eficaz nos primeiros socorros, com vista a aliviar a dor, é a remoção de fragmentos de tentáculos que fiquem na vítima. Alguns estudos indicam que, após a remoção, deve-se fazer uma imersão da pele em água quente. A aplicação de compressas de gelo também são eficazes no alívio da dor;
– É consensual que o vinagre, além de estancar a descarga dos cnidocistos, também proporciona alívio da dor. Outros medicamentos podem ser usados, mas carecem de prescrição médica.